Por aqui os preparativos para a chegada do herdeiro estão mesmo-mesmo na recta final. As roupinhas estão lavadas e arrumadas, o pai tem o script definido do que agarrar fazer (apesar de eu viver com o terror que ele não vai lembrar-se de nada e aparece-me com o saco do ginásio com uns trapos lá dentro).
Quanto ao quarto da criança, admito que rendi-me ao cliché do azul para menino. Isto porque:
1 - o azul é uma das minhas cores favoritas
2 - o pai é daltónico e, para ele, tudo é azul (pelo handicap e pelo FCP).
3 - os poucos móveis (2) que comprámos são do Ikea (que surpresa!), brancos (porque o branco é virtude e paz e combina com o estado de espirito que eu desejo para o herdeiro) fáceis de conjugar com os apontamentos de cor que tínhamos em mente (da Zara Home).
Temo-nos esforçado para não entrar em desvarios, evitando comprar em demasia- queremos que ele tenha espaço para desarrumar brincar à vontade e, desde cedo, habitue-se a dar valor às coisas. Acho que o quarto espelha bem essa filosofia: só os móveis necessários, alguma reciclagem a mobiliário perdido cá por casa, ter uma avó com dotes de costureira ajuda (costureira e adivinha porque eu só tive as ideias e foi ela que teve de lhes dar existência - mas conseguimos reciclar coisas antigas que ficaram melhor do que o original) e a coisa compôs-se com pouco dinheiro e voltas (afinal, estou proibida de andar a cirandar).
A principal alteração no espaço foi a pintura: aquilo que era um quarto branco sem graça ficou um doce apenas com a pintura de uma parede - o rebordo em azul (meio acintenzado, mas azul) e o nicho
que era quase a totalidade da parede, em riscas largas azulacintenzado-branco.
Quem já pintou riscas sabe que o difícil é demarcar os limites (demorou eternidades), mas o efeito compensa (ver foto abaixo tirada a meio das pinturas).
As restantes paredes permanecem brancas - pelo menos durante mais 1 ano ou 2, altura em que esperamos ver marcas de lápis de cera, rodas de carro ou dedos gordurosos (como qualquer mãe desejo um filho saudável e, como tal, que deixe os pais à beira de um ataque de nervos com a destruição do habitat).
O mais engraçado é que andava à procura (com muita dificuldade) de um candeeiro para o quarto da criança, mas sem ser demasiado infantil (não imaginam quão difícil é a tarefa de encontrar coisas sem bonecadas manhosas) quando, em desespero, olho para o teto do velho quarto e concluo que o básico cinzento que esteve lá o tempo todo era...perfeito. Assunto fechado.
É verdade que as paredes ainda não têm adereços, mas outras divisões da casa também não e somos felizes assim. Keep it simple. Keep it clean.
Imagem da pintura em progresso (made by pais da criança) |
Desculpem se pareço babada, mas conseguir fazer o quarto a custo-controlado e sem desvarios consumistas era um dos meus projetos e consegui-o. (tinha receio de entrar na espiral "é pó menino que ele merece e é tão desejado" e perder a cabeça. Felizmente ela mantem-se no sítio... o suficiente para ir colocando avós e tios nos eixos. Sim, porque mais difícil do que autocontrolar-me é manter os avós e tios sob controlo ;-)
uma hora bem pequena minha querida, e apoio todas as tuas decisões na decoração, branco, simples, (facil de sujar e de lavar e clássico... nunca percebi porque se há-de encher o ambiente das crianças com caos e cores, texturas e formas...
ResponderEliminarObrigada. Tem sido uma aventura manter a coisa simples e dentro do clássico, mas conseguimos. O facto de eu estar com limitações físicas não me permitiu grandes incursões pelas lojas, mas estamos muito satisfeitos com o resultado final: bonito, funcional e económico. Bjs
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