Começo por dizer que sou a pessoa mais parcial que existe a respeito do Tarantino: não há nada que ele faça que eu não gosto! Começou logo em “Cães Danados” e, mesmo quando o filme é bera (como foi o caso de “Aberto até de madrugada”), há sempre um diálogo ou uma cena que o justifica a deslocação ao cinema.
O homem é um génio e ninguém escreve argumentos como ele (para mim, a cena de abertura do filme Cães Danados, onde os “maus” analisam a letra “Like a Virgin”, da Madona, enquanto tomam o pequeno-almoço, é talvez o melhor diálogo do cinema).
Assim, se gostam do seu trabalho, não vão ficar desiludidos com Django (“O D é mudo”):
- são 3h de bons diálogos (com muito humor negor, if you know what i mean)
- violento (dentro da lógica de Kill Bill, ou seja, de tão excessivo deixa de “meter medo” e entra num outro nível – o exagero das lutas marciais está para a violência de Kill Bill como os tiros e sangue está para a violência neste western)
- excelentes atores - Cristoph Waltz, Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson no seu melhor – mas no seu melhor mês-mo! O que o Tarantino consegue fazer com os seus atores é algo que os transcende. Ninguém consegue parecer mal nas mãos deste Senhor (parece muito mau, mas nunca mal).
Não sendo, na minha opinião, o melhor filme do Tarantino, na generalidade, as nomeações para os óscares são mais do que merecidas: está a concorrer nas categorias de melhor fotografia, melhor edição de som, melhor filme, melhor ator secundário e melhor argumento.
Acredito que possa ser claramente prejudicado pela polémica da violência nos seus filmes, e este ano temos muitos independentes a concorrer (a Academia está a querer parecer mais intelectual…)… Ainda assim, se Django não arrecadar o prémio para melhor ator secundário (Christoph Waltz) e o de melhor argumento, fico aborrecida.
Sem comentários:
Enviar um comentário