A faxinheira que há em mim, não suporte
coisas fora do lugar. No meu roupeiro está a roupa que eu uso: não a que já não
gosto nem aquela com que sonho, um dia, voltar a caber; na casa de banho, o
creme que estou a usar e não aquele fora-de-prazo que só serve para acumular
pó; na sala está o jornal desta semana por ler, não o de há 15 dias no qual eu
nunca mais irei pegar (nem mesmo aquele que tinha aquela receita que um dia,
com tempo, eu gostaria de experimentar); o ambiente de trabalho do meu
computador é isso mesmo, ambiente do trabalho que estou a fazer e não um
repositório de artigos antigos que ficaram perdidos por ali… Assim, quando
quero uma coisa (e, quero-a agora e não depois de ter revirado a casa)
geralmente, encontro-a (se não a encontrar foi o boyfriend que mexeu, claro).
Só cá para nós: há coisas de que uma mulher
nunca abre mão: aqueles
sapatos-que-magoam-horrores-mas-eu-antes-perder-o-dedo-que-desfazer-me-deles; o
vestido de 3 dígitos e 5 kgs atrás, mas para esses, nós arranjaremos sempre um sítio
especial. Afinal, uma obra de arte é sempre uma obra de arte!
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